sábado, 27 de dezembro de 2014

Pulseira da Jade: Você já teve uma?



Eu acordei bem cedinho no sábado com aquela sensação de que se eu não cronometrasse meu tempo direitinho, não ia conseguir concluir todas as tarefas. Além de uma gravação na Epic, ainda havia o compromisso na premier d'Os Não Abençoados, e depois uma festinha básica na Eimy Broosky. Entre um compromisso e outro não haveria tempo de trocar o look, por isso teria que sair de casa parecendo uma alegoria carnavalesca.
Na minha busca por acessórios, acabei encontrando uma caixinha há muito esquecida, e que encheu de alegria ao abri-la. Dentro, toda delicada, havia uma pulseira-anel que por muitos anos fiquei a sonhar quando aquela joia linda caberia em mim.
Quando a "Pulseira da Jade" estava no auge da moda, eu era apenas uma menina, e mamãe jamais deixaria que usasse um acessório tão adulto. Ela só me permitiu brincar algumas vezes com a minha joia, porque foi um dos últimos caprichos que meu pai me comprou antes de morrer. Ainda assim, mamãe guardou a peça, dizendo que quando eu fosse adulta, poderia usar quanto eu quisesse.
Olhando para ela agora dentro da caixinha, não me parece tão maravilhosa como quando eu era uma garota. Lembro de me imaginar  em um palácio onde só eu usava a bendita pulseira, e todas as outras garotas me invejavam, rs. Agora ela me parece bem simples, apenas uma pulseira colada no anel.
Hoje realizei o sonho da menina que eu fui um dia, saí de casa chacoalhando bem o braço para que notassem a minha outrora tão preciosa joia. Alguma parte de mim ainda esperava olhares de admiração alheio da ala feminina, e claro, foi decepcionante. Apenas quando cheguei na Epic, a moça da recepção olhou por mais de dois segundos para meu pulso e sorriu. Isso meio que criou um elo entre eu e a desconhecida. A uma década nós duas certamente sonhamos em dançar em um palácio ostentando nossa Pulseira da Jade.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Monetizando crianças

No mês passado recebi uma proposta de trabalho para uma campanha internacional, e diga-se de passagem, era uma proposta muitíssimo interessante em termos de cachê, localização,fotografia e edição...só tinha um porém: o modelo seria o Gabriel Augusto.
Quando li aquele email, meu coração disparou. Fiquei dividida entre um instinto primitivo de proteção (eu só queria correr até o Guto e ter certeza de que ele estava bem), e uma curiosidade repentina sobre a ideia de uma criança entrar em cena para trabalhar.
Eu não costumo ser muito racional quando o assunto é Meus Filhos portanto assim que terminei de (re)ler o email da Baby Dior fechei o PC  de qualquer jeito, e liguei para minha amiga Jan. Ela é ótima para me escutar. No momento em que o celular dela tocou, Jane estava ensaiando uma peça (escutei ela mandando o diretor calar a boca), e parou tudo para que eu pudesse pedir conselho.
Ela me escutou recitar a minha concepção de certo e errado durante cinco minutos e também me mandou calar a boca (suspeito que Jan estava de TPM). Combinamos de nos encontrar para um café no shopping depois do ensaio dela. Entre um cappuccino e um panettone que comemos sem culpa nenhuma, Jan disse o que achava: "é como diz a lei, Mi. Teatro, televisão, etc é considerado manifestação artística, e não trabalho".
Eu retruquei que, mudar o conceito não muda o fato de ser trabalho. mas Jan ponderou: "Além de haver a lei que garante proteção a essa 'manifestação', os pais precisam garantir que os filhos estudem brinquem, e sejam crianças de fato".
Depois do encontro  nos aproveitamos a companhia uma da outra e fomos a uma loja que estava em liquidação (Jan sabe o quando sou louca por descontos, rs). Enquanto colocava as sacolas no carro, eu refletia no que a minha best loira havia dito. Realmente, quanto se trata de meus filhos eu não raciocino bem. Há um instinto protetor que mais parece uma névoa encobrindo a lógica. Eu já trabalhei com crianças antes, sei que há lei de proteção a criança (o ECA).
Quando cheguei em casa naquela noite, fui diretamente ao quarto do Guto. Ele estava de costas para a porta, brincando de fazer robozinho com peças Lego. Aproveitei para ficar admirando meu pequeno ser. É incrível o quanto o amo, e não faço ideia de como foi que vivi um dia sem que ele existisse. Como é que eu pude viver sem ser acordada por ele e a Nana nos domingos de manhã? Sem os resmungos de todos os dias para acordar e ir a escolinha, sem as caras feias para os legumes... isso é tão rotineiro e normal na minha vida, que no momento que meu filho me disse que não precisava mais dar comida na boca dele, eu me senti perdida. Minha analista passou boas semanas trabalhando a respiração diafragmática sempre que eu tinha um ataque de pânico imaginando que logo logo os meus dois delicados bebês estarão a caminho de uma faculdade e com seus respectivos namorados... (faltam só 15 anos para que isso comece!).
Eu ainda fiquei preambulando pela casa até que todos fossem dormir. Mais racional agora, retornei a abrir o PC, decidida a responder o email da importante marca. Imaginei que eu faria um texto enorme para que compreendessem  as minhas condições, mas depois de duas horas  redigindo a resposta, não fiz mais que dez linhas. Percebi que quem precisava rever os conceitos era eu mesma. A minha única condição imposta foi a de que  eu estivesse junto  durante toda a sessão. E não é que eles gostaram da ideia? Acho que esse é o primeiro ensaio Baby Dior com um adulto e uma criança, rs.
Guto adorou ser fotografado. Ele ama uma câmera, Deus do céu! Entre um clique e outro nos divertimos muito.
Apesar de minha concepção de trabalho infantil ter mudado um pouco, estou decidida a esperar mais para que meus filhos façam carreira artística. Para mim criança tem mesmo é que brincar.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Segunda Feira

Meu cantinho preferido em casa, é meu quarto. Gosto de ficar de bobeira pensando na vida, escutando musica, ou editando as fotos da Kstudio. Por esse motivo, meu quarto é meio entulhado, eu vou me rodeando de coisas que me deixe mais confortável, já que sou preguiçosa por natureza, rs. Geralmente, quando meus babys estão na casa da vovó, e Peter está na editora, onde ele passa maior parte do dia quando não está escrevendo, eu tenho tempo de sobra para "me curtir".
Hoje foi um daqueles dias que eu estava de folga, e sem nada pra fazer fui fuçar nos meus atulhados. Em uma agradável surpresa, achei vários potes coloridos de aroma agradável e inscrições italianas...pela descrição, minha amiga Ágata Leone saberia do que estou falando. Sim, eu tenho um arsenal de cremes que vieram comigo de Milão, quando eu e minha loiraça italiana nos aventuramos ao SPA mais badalado da europa.  Confesso que me senti meio rainha, preparando minha banheira com aqueles perfuminhos maravilhosos, fazendo massagens faciais, fazendo as unhas, hidratando o cabelo... em meio a isso tudo, o MJ foi como sempre, a minha trilha sonora, declarando a plenos pulmões que ele não teve nada com a maldita Billlie Jean. Cantarolando junto com ele, termino meu dia de beleza anotando minha promessa para o ano que vem: retornar a Milão para mais uma estadia naquele spa fabuloso em 2015. Essa promessa, diferentemente das outras- emagrecer cinco quilos, malhar essa bunda de tanajura-,certamente eu irei cumprir.
Tive que parar meu texto por alguns minutos; escutei passos no andar de baixo; finalmente meu pequenuxo chegou com o Peter do parquinho. Ganhei um beijo apressado e melado, seguido de um surpreendente arroto de Coca Cola desse  meu pequeno viciado (confesso que na calada da noite, antes de dormir, eu penso seriamente em cortar os doces das crianças, mas o Guto é um menino tão adorável, e pede com tanto jeitinho, que sempre cedo aquele olhar pidão). Agora ele está encima de mim, insistindo para ligar para a Nana, que está na casa da vovó, e certamente dormindo, já que ela está do outro lado do mundo. Ok meu loirinho, você pode ligar, mas amanhã.
Vou encerrando por aqui, e de fato sentindo que comecei a semana com o pé direito. Cabelo cheiroso, pele hidratada, meu pequeno chef Guto me fez salada com algum legume cru não identificável-suponho que seja cenoura, mas tenho minhas duvidas-e vou jantar com meu namorado usando um pijama velho no tapete favorito, no lugar que mais amo no mundo: meu quarto.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Sob Medida!

Há duas semanas, estava eu conversando via Skype com uma amiga que é modelo que fez trabalhos maravilhosos na Alemanha na equipe de profissionais renomados da moda, quando ela me falou sobre Victor Hugo e sua nova coleção. Eu fui dar uma olhada no Google, porque  apesar dele ser conhecido principalmente por seu trabalho espetacular com sapatos e bolsas, eu amo as roupas assinadas por ele. Não deu outra. Fiquei perdidamente apaixonada pelos vestidos da coleção de verão... 
Essa minha amiga mexeu os pauzinhos, e conseguiu que eu fizesse contato com o chefão. Cara a cara (Cara a Skype, rs), eu disse a ele o que eu precisava, e ali mesmo, no PC, ele desenhou  minhas ideias, e o resultado foi um croqui  feito especialmente para mim. 
Meu vestido chegou faz uma semana. E como um cavalheiro a moda antiga, Victor me mandou uma carta, com uma breve explicação: O vestido é uma releitura bruta dos vestidos da era vitoriana, e que pensando em mim, ele fez um comprimento que exibisse 'mais que os tornozelos'. Entre parenteses, ele explicou: (naquela época, as mulheres não mostravam os pés, isso era considerado vulgar, e deselegante. Ao meu ver, você exibe coisas que chocam a sociedade atual, por isso, minha cara, esse vestido exibe tornozelos, pernas  e joelhos. Faça bom proveito). 
Estou lisonjeada demais, e apaixonada por esse vestido. 
Quem foi que disse que moda é superficial mesmo?

Apresentação

Olá, visitantes,
Como muitas de minhas amigas do facebook, tive vontade de criar um blog, e aqui estamos. Meu intuito é partilhar um pouco dos meus interesses e considerações sobre Barbópolis e assuntos relacionados.
Beijos, tomara que gostem!